29 novembro 2010

Como entender?

Acordei essa noite com uma vontade de admirar a lua e observar o brilho das estrelas. E um desejo incontrolável parece ter tomado conta da minha alma, como se nada tivesse mais importância ou fizesse algum sentindo. Tudo pareceu mudar. como num passe de mágica nada está igual e o que eu sinto só faz aumentar.

Como esperar de mim uma explicação no mínimo racional de algo que desconheço? Só posso crer que tudo começou como uma brincadeira, um jogo. De quem não queria nada no começo da história. Mas agora esse desejo me consome e me devora, me faz crer que o nada do começo virou tudo no final. Agora o meu mundo mudou, a luz da lua e o brilho das estrelas parecem novos diante dos meus olhos, como se fosse a primeira vez que os visse, ou a ultima.

Por uma fração de segundos essa emoção, todo esse sentimento parecia assustador, só que mais uma vez estava enganada. É algo bom de se sentir, que me envolve e me completa, que me faz crer que viver é algo maravilhoso. Que a vida é o melhor que se pode ter, mas que nunca vou poder entendê-la por completo, e é essa duvida a cada instante que me faz querer viver com mais intensidade. Tudo que aprendi e compreendi mudou e consigo me perguntar, como? Ou melhor, o que me fez mudar?

E por mais confusa que a minha cabeça esteja, eu tento me concentrar o máximo possível para encontrar uma resposta para as minhas dúvidas. A minha pulsação está mais rápida e a minha respiração mais ofegante. Por um instante eu dou risada e percebo, como pude ser tão tola e ingênua. Estou apaixonada!


                                                            Dindi

28 novembro 2010

Quando não se tem mais o que fazer.::

Farol 
Conta-me seus sonhos e me diz do que eles são feitos.
Produz em seus olhos imagens cujos sons só eu conheço.
Protege-me em eufemismos baratos nas palavras castas que pronuncias.
Transgride essa língua infantil 
Que nunca soube definir nem meus mais abertos segredos.
Conquista-me com hipóteses suas e as aproxima das minhas. 
Faz de mim teu espinho e seja a minha cruz.
Eu serei teu sangue. Tu, a minha cicatriz.
Desfaz os nós que distanciam as antíteses.
Reduz essa sua insana e quase insistente beleza 
Aos campos de lavanda em flor 
Em penínsulas rubras que jamais conheci.
Agoniza nesse silêncio gritado que chama meu nome em mil direções.
E compara essa tua pobre ilusão 
A dos Homeros e Dantes que conheceram o amor como tu.
Dou-lhe um beijo e te deixo me amar.
Eu sigo, então.
Sem nenhum desgosto, 
Sem desastre,
Sem direção.


                 Lee
                 PS: Nos próximos episódios: NINE - O musical. Meu novo e profundo amor...

24 novembro 2010

REMAKE.:


Então... Seguindo minha promessa.

Primeiro: Não que eu pense que muita gente lê o que a gente escreve. Depois de 3.442,001 anos de escola, eu sei que não sou burra. Mas de qualquer modo, me sinto na obrigação comigo mesma e com outros 4 ou 5 indivíduos.
Segundo: Hawaii 5.0 ganha da primeira versão da série em produção e fica por aí mesmo. #fail


1.:: Hawaii 5.0 -

     O fato é que a estréia - que não tem mais acento... - da série criou duas expectativas. Uma - sendo essa a maioria - a dos que não davam nada pela série. E a outra - sendo essa a dos fãs do Jim de Lost - a dos que dava tudo. Podia até dar para os atores, se pudesse.

     De maneira sutil, o fenesi que tive pela série chegou e foi embora. Durou 2 semanas, 2 episódios e nada mais. Depois do 45 do segundo tempo, tudo que via na organização do roteiro foram falhas e clichês. E se tudo isso não foi salvo pelo corpão do Alex O’ Loughlin ou a fama do Daniel Dae Kim, sinto cheiro de cancelamento.

     Sabe quando você não tem mais paciência para uma série ou um programa qualquer, mas está passando na TV e você não quer mudar de canal? Sabe como depois de constatar sua preguiça mortal, você deita lá e fala o quanto pode sobre tudo de ruim que pode ser identificado...? Não? Então... Eu descobri como é. E as coisas foram mais ou menos assim:
  • O piloto começa com um batuque e aí do nada... Tipo do nada mesmo, um cara dá um grito da porra e aí é que se vê que o "gritão" é um tipo de líder de torcida hawaiifeelings...
  • Todo mundo nessa série dá aqueles dois pulinhos no mesmo lugar antes de correr. Sabe como é?
  • Bom, eles chegam numa pizzaria que não faz pizza e encontram um monte de embalagens. Aí, o cara do topetão - porque ele tem um topete gigante - dá uma aula de química dizendo que pode achar a "impressão" deixada pela arma em uma das caixa com iodo aquoso - isso porque sempre ando com iodo por aí. Enquanto ele borrifa a merda do negócio, a caixinha vai ficando rosa com o desenho da K-47 e ele fala a coisa mais ridícula do mundo: Sais Binários...
         Pra quê, cara? Por quê? Everybody Hates Química...
  • Piadas com tubarão são bastante recorrente... Tem sempre aquela coisa de "vamos brincas com o que temos". 
         Baianos falam de baianos. Cariocas criam uma série narcisista chamada "As Cariocas"... Por que o havaianos ficariam de fora, né?
  • Eles brincam de "As Panteras" no cassino com todo aquele equipamento no ouvido, dente, sapato... Onde os disfarces são os piores e tudo dá errado. A Grace Parker se achando a Lucy Liu foi, no mínimo, complicado. AH! SIM! Tudo deu errado.
  • O drama de família entre o ChinaBoy - ele não tem cara de havaiano - e o gordão que corre pra cacete. Série policial é policial. Séria família é série família.
         Ainda dentro do drama de família. O Sid é salvo pelo gordão aí o gordão olha pra ele com aquela cara de "Viu que eu te amo. Salvei sua vida, viado." e tudo muda entre eles.
  • Adoro planos com furgões cheio de coisa computadorizada. 
2.:: O Resto -

     Isso, é claro, é minha mera opinião. Pra resumir o trabalho, os problemas que tenho com Hawaii podem ser aplicados a Melrose Place, Undercovers - que não é remake, mas parece o novo Alias e noventa-mil-duzentos-e-dez/90210 - que tem sua tradução em Barrados no Baile, Jah sabe porque...

3.:: Brodwalk Empire fica com o trófeu de melhor estréia da SEASON. A série fala sobre o modo com a elite via a Lei Seca - coisa nova no Brasil, mas velha idéia lá nos EUA.

Só vendo pra ver.
Recomendo.
                                                                   Lee

05 novembro 2010

Tipoassimalgumacoisa...

E como a falta do que fazer nos permite algumas horas livre em frente ao computador, resolvemos selecionar as frases que mais gostamos das séries. Quotes de série ficam para os próximos episódios.

  • "É uma verdade básica da condição humana que todo mundo mente. A única variável é sobre o quê." (House M.D.) 
  • 'How you doin?" (Friends)
  • "Não, eu vou pedir-lhe para escolher entre sexo e Halo 3. Tanto quanto eu sei, o sexo não foi atualizado para incluir gráficos em alta definição e sistemas de armas mais avançados. " (TBBT)
  • "Nenhum sangue. Não pegajoso, quente, sangue, desarrumado terrível; nenhum sangue em lugar nenhum. Por que eu não tinha pensado nisso? Nenhum sangue. Que bela idéia!" (Dexter)
  • "Seriously!" (Grey's Anatomy)
  • "Save the cheerleader, save the world!" (Heroes)
  • "DAMN IT!" (24 horas)
  • "Todas as canções um dia acabam, mas isso não quer dizer que não possamos curtir a música..." (One Tree Hill)
  • "A gente cresce, fica alto, mais velho… Mas, na maioria dos casos, a gente ainda é um bando de crianças correndo no parquinho desesperados para entrar num grupo" (Grey's Anatomy)
  • "A coisa mais importante na vida é sua família. Há dias em que você os ama, e outros que não. Mas, no final, eles são as pessoas que você sempre voltar para casa. Às vezes é a família que você nasceu em e às vezes é o que você faz para si mesmo. " (Carrie Bradshaw, Sex and the City)
  • "Já estava assim quando cheguei" (Bart Simpson) 
  • "Sua homosexualidade pode ser vista do espaço..." Will & Grace
  • "Podemos viver com dignidade. Mas não dá pra morrer com ela" House
  • "A culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quiser" Homer Simpson
  • "A vingança nunca é plena. Mata a alma e envenena" Sr. Madruga
  • "Golfinhos são tubarões gay" Brittany - Glee
  • "Eu acho que meu gato está lendo meu diário" Brittany - Glee
  • "Nem sempre as aparências enganam. Algumas vezes as pessoas são exatamente como se parecem." Tom - Justice


                                                       Lee & *Dindi*
                                                                                      

Seguindo Lee : Então. A coisa funciona assim... [2]

Prometo solenemente discorrer nesse meio eletrônico sobre os seguintes assuntos: 

1. Chaves - uma visão social.
2. The Big C – minha nova paixão
3. Livros novos – por acaso descobri ótimos livros de aventura
4. Como anda a industria cinematográfica
5. O porque das pessoas reclamarem tanto (tipo eu)

                                                                                 
                                                                               *Dindi*

Um Estranho no Paraíso


    Diante da minha falta de capacidade de realizar alguma atividade no mínimo produtiva em um dia de domingo, resolvi escrever sobre a série, que por alguma força maior, tive a vontade de baixar todas as temporadas e assistir de vez para ver se eu me encantaria da mesma forma que os meus amigos se encantaram e choraram ao ver o ÚLTIMO episódio.
      A série que eu falo é O.C. 
      Eu sei... Vários vão falar: que idiota, ela assisti essa série...! Mas aqui entre nós, se foda todo mundo, porque eu também pensava assim, mas depois de 4 temporadas e muitas horas em frente ao computador, eu finalmente entendi o encanto de O.C.
      Eu pensei em milhões de maneiras de descrever o que me fez gostar da série, e no final só uma palavra me veio a cabeça: Listas! 
Eu sou fascinada por fazer listas e acho que dessa vez não seria diferente, e como Top 10 é para os fracos resolvi fazer um Top 8. Pode parecer pouco mas resumi tudo ou quase tudo que me viciou.

TOP 8

1º - Música de abertura: Não tem esse ser que em algum momento assistindo a abertura não se pegou cantando "califooooooorniaaaaa, here we cooooooooome. la la la la la" 
Esse "la la la la la" seria aquela parte que ninguém aprende de primeira... Ou de terceira... Ou nunca...
Todas as vezes eu canto e todas as vezes meu coração dispara.

2º - A Família Cohen: Pensar em O.C. e não pensar nos Cohen's simplesmente não faz sentindo! Eles são o máximo, e todo mundo já se imaginou ali alguma vez, jantando, jogando video-game ou sentados no sofá. É uma série sobre as pessoas. E eles não barrigudos e ranzinzas e egoístas e humanos como as pessoas normais...

3º – Seth: O Seth é o Seth. O que, é claro, não é uma constatação muito extraordinária.
Posso dizer com certa certeza é o personagem com quem mais me identifico na série. Completamente nerd, viciado em HQ, apaixonado pela Summer, tímido, sincero, sarcástico e um fiel amigo.
  • Ouseja: quase irreal e bobinho.
4º - As festas de Newport Beach: As festas de Newport eram sempre as mais bem produzidas, recheadas de riquinhos e de muito champanhe. Entre jantares beneficentes e leilões sempre rolava um drama, mas sempre com luxo. É claro que a série perde pro glamour de Gossip Girl - o que fica pra outro post - e fica bem no páreo com Real Housewives of OC - que não fica pra lugar nenhum, porque é um lixo.

5º – Os Diálogos: As conversas envolvendo Seth, Summer, Ryan, Marissa e Taylor eram as melhores, muitas citações, diálogos rápidos e engraçados. Em sua maioria, pra que a série pudesse ser um drama de verdade, BASTANTE dramáticas...

6º - A trilha sonora e as bandas: As músicas da série foram escolhidas a dedo, várias bandas não tão conhecidas no cenário musical, mas que sem dúvidas marcaram o coração de cada fã. The Killers, Dandy Warhols, The Walkmen, The Subways foram algumas das tocadas no bar Bait Shop. Dá pra você fazer um cd pra bater cabelo só vendo uns episódios...

7º - Julie Cooper: Para entender a Julie, podemos resumi-la como sendo a mulher que namorou com o ex- namorado da filha, planejou uma espécie de golpe do baú contra o pai de sua melhor amiga, infernizou a vida de Marissa e foi pivô de vários momentos engraçados. Acredito que no fundo ela era carente e tinha medo de voltar pro bairro pobre onde nasceu. Ou seja, ela era Cinderela que queria ser Beyoncé.

8º – As paisagens: Não tenho como contar quantas vezes me imaginei naquele paraíso - afinal todos nós brasileiros lindos e pretos seriamos estranhos no paraíso... Entendeu? Entendeu? Estranho no Paraíso... Ah! Foi boa!
Então, não só as casas maravilhosas, mas a praia também, me deixaram apaixonada e desejando um dia poder morar em um lugar como aquele. Ou até naquele mesmo, sem muitos protestos.

Claro que o que está aí é só um pequeno resumo do que é a série. O.C. - que significa Orange County -  é mais que isso... É uma série sobre família, sobre relacionamentos e principalmente sobre mudanças. Mudanças são boas... E tem a mesma chance de serem ruins...
A forma como a chegada de Ryan mudou o cotidiano daquela família e dos que os cercavam, segredos vieram à tona, amizades improváveis e amores impossíveis.

                                                                                                                         *Dindi*

02 novembro 2010

Próxima parada - Paris.

Totalmente sem motivo. Acho que só pra tentar superar meu complexo por histórias tristes.



Eu vi um homem morrer, uma vez.
Talvez não seja essa a melhor maneira de começar minha história. Por outro lado, tenho quase certeza que foi assim que ela realmente começou.
O trem que saia traçando as bordas da noite de Lyon até Paris era referto de bancos azuis e de pessoas das mais distintas feições. O grupo dos mais brancos, que se articulavam numa língua raivosa e acelerada, permanecia nas pontas do vagão. Os negros e aqueles que vestiam roupas mais extravagantes iam agarrados às barras de ferro do corredor iluminado.
Eu, sentado num banco separado de todos, ao som de baterias histéricas em uma rádio qualquer, via as vigas de metal grosso passarem correndo pela janela na minha frente.
Pelo que me lembro - pareço recordar de cada detalhe dispensável do que vos conto – ele não era um desses velhos curvos dos quais se espera a morte ou um desses adultos barrigudos e rabugentos dos quais, às vezes, se deseja a morte.
O menino deveria se encaixar na minha inocente concepção de um jovem adulto. Talvez em torno de 18 ou 20 anos. Sua roupa arrumadinha e a pasta de couro liso e escuro me diziam pouco – ainda que muito mais do que ele próprio chegou a me dizer. Os cabelos negros e cuidadosamente organizados em cachos curtos que lhe vinham ao rosto. Um casaco preto e uma camisa amarela quadriculada por dentro da calça jeans.
A maneira como ele, em pé ao meu lado, mudou de branco para verde e de verde para azul, me chamou atenção. Formulei, assim, a idéia de que as pessoas não ficam mudando de cor por aí.
Aos poucos, deslizando pela beirada do banco, ele sentou.
- Licença. – tirei os fones do ouvido – Você está bem?
- Sim, sim. – ele sorria um sorriso amarelo enquanto lágrimas cobriam suas espinhas. – Na verdade, estou ótimo.
Acredito que ele esperou de mim mais perguntas e odeio pensar que não atendi às suas expectativas. De qualquer modo, certamente apelando à sua própria necessidade de compartilhar seus sentimentos, ele continuou.
- Estive lutando contra leucemia durante os últimos oito anos e agora eu acabei de receber um email e... – ele abriu um dos sorrisos mais sorridentes que eu já tinha visto. Um daqueles bem infantis, bem inocentes.  – Estou livre do câncer.
- Isso é incrível! Parabéns, cara. – bati levemente em seu ombro e lhe devolvi um olhar cortês.
- Estive esperando por quase metade da minha vida. E agora não. Vou comer o que quiser e quem quiser. Vou correr na rua e usar roupas estranhas. Eu vou viajar, vou dormir com mulheres exóticas em lugares exóticos... – mexia os braços, as mãos e os dedos, em danças independentes.
- Parece um bom plano. – meus lábios iam se alargando enquanto eu compartilhava de sua empolgação. – Parabéns mesmo. Você deveria comemorar.
- Eu vou comemorar pelo resto dos meus dias, cara. – ele passava a mão nos metódicos fios de cabelo e espalhava mais sorrisos amarelados.
Balancei a cabeça num sim animado, numa oportunidade única de me sentir realmente feliz por alguém que não eu. Tirei os fones do ouvidos e me juntei aos barulhos da noite. Sentindo-me parte do mundo. Parte de um todo que ainda não sei medir. Fechei os olhos, adormecido ou sonhando acordado.
Depois disso tudo aconteceu muito rápido.
Um estrondo me trouxe os olhos novamente abertos como reflexo. O chão se mexeu insistente, como em uma turbulência de avião, enquanto o teto parecia estar sendo silenciosamente comprimido. As barras de ferro se contorciam devagar e os gritos femininos se embaralhavam aos comentários assustados dos homens que se misturavam. Os trilhos passavam com dificuldade e a força dos motores só acelerava mesmo o nosso desespero.
A lataria do vagão se chocava ao duto de aquecimento e libertando litros e litros da água inquieta que mantinha o sistema em temperatura agradável. Os grandes tubos casados por uma fita de metal resistente se arrebentaram sobre o vagão cheio.
Nem as janelas de vidro lutaram contra a força da água extremamente quente.
O menino recebeu a força da correnteza que ia contra toda sua inércia. Chocou-se contra o suporte de metal brilhante à sua frente e despencou no chão lentamente. O cabelo cacheado e negro foi adquirindo um tom avermelhado. A imensidão de seus olhos claros foi se fechando ao passo que a água ia se dispersando pelo chão metálico. Os músculos relaxaram com o tempo que insistia em se arrastar. A boca se abriu, libertando água e um pouco da vida que ele ainda segurava em si. A coreografia de suas mãos parou e ele soltou o aparelho celular arranhado que agora já mostrava uma nova mensagem estática.
Saí, em silencio, do vagão já parado sem olhar para os lados ou sequer pra frente. Sentei na escada rolante desligada, tentando ignoram a oportunidade única de me sentir triste por alguém que não eu. Li a mensagem.
“O mundo agora é todo seu, meu filho. Te espero em casa.”
Chorei, então. 


The Event - na vibe do "Novo Lost"

Pra começar eu queria dizer que eu não queria falar...
Então...

E aí? O que você acha que rola..?

     Eu juro que eu não entendo porque alguma série poderia ter a remota pretensão de ser parecida com Lost. Com um final deprimente e ridículo, Lost decepcionou um rebanho de fãs empolgadinhos com o final da série que durou 6 preciosos anos das nossas vidas.
Tá, eu sei, eu sei. Lost é legal e toda aquela coisa do mistério da ilha e o urso polar bronzeadinho no camping dos caras do avião. Ah! Não estou aqui pra falar de Lost.

      The Event chegou antes de chegar. A sinopse conquistou meio mundo de gente e as promos ficaram com o dever de conquistar o resto do mundo. 
      Pois bem... Em 20 de setembro de 2010, logo depois de Chuck, estreia a séria classificada como "drama" na grade noturna da NBC. 
      Como relata o sábio Wikipedia, a história começa com Sean e Leila num cruzeiro pelo Caribe. Numa das paradas desse cruzeiro eles conhecem um casal, do qual só a mulher importa: Vicky algumacoisa... Essa Vicky vai lá muito gostosona e seqüestra a Leila. Assim começa a saga de Sean, que se mistura a mil fashbacks e mil flashfowards. 
      Enquanto isso, no lustre do castelo... o novo presidente dos Estados Unidos, Elias Martinez, um cubano com cara de gangster, é informado sobre a existência de uma prisão no Monte Inostranka, no Alasca. Lá vivem os sobreviventes de um acidente aéreo no fim da Segunda Guerra Mundial. Detalhe: esses sobreviventes sobreviveram - é lógico - aos 66 anos que já se passaram desde a guerra... Inteirinhos, lindos, com cara de russos e fluentes no inglês. Diz a lenda que eles tem "características sub-humanas" ou qualquer coisa que o valha.

Então... 
Minha revolta se resume à alguns simples tópicos:

1. Quando o avião da foto ali em cima some, as pessoas olham pra cima com aquela de "Ah... Eles foram pra outra dimensão... Nossa." 


  • Afinal de contas... Tenho 3 famílias... Uma em cada dimensão. #failpacaralho

2. - Vamos mergulhar, Sean? - Pergunta Vicky serelepe pimpona com cara de "mãe, me abraça"...

   - Claro. - Responde o rapaz agarrando uma mochila avulsa no quarto.



  • Como faz? Ele tá sempre pronto pra mergulhar? Tipo... Vamos ali na lua? Claro, só espera eu pegar meu capacete...
3. Ponto pra a série por ter colocado o cara que fazia o "Cavaleiro da Fome" em Supernatural. 


  • Adoro ele.
4. Vem o Sean e se bate com a mulher do FBI (agente mulher é um saco) e diz que não foi ele que matou o cara que morreu e que a mulher do cara que morreu seqüestrou a mulher dele. Óbvio que ela prende o Sean como suspeito.
Aí ele vira pra ela, com aquele olharzinho vesgo dele e diz: A gente ia se casar...
Depois dessa frase completamente genérica, ela olha como se dissesse: Ah, sim, agora eu acredito em você e solta as algemas...


  • E dizem que a justiça americana é boa? Prefiro a brasileira. Aqui ela ia responder "Casar? Você é um imbecil mesmo..."

5. O episódio começa numa cena nada a ver e eu fiquei tipo: Oxi. Perdi alguma coisa? Aí apareceu o “duas horas atrás” aí eu... “Ahm... Assim, sim.”

6. A mulherzinha levanta a mala com a ponta do sapato de bico. 


  • Depois dessa, até eu quero um. JURO! Afinal... Se alguém me perguntar a utilidade de um diabo de sapato desse já sei o que dizer...

Não sei - ou sei? Eu vejo religiosamente cada episódio, mas fico meio com o pé atrás os dois pés quando penso nessa coisa de E.T. que pode aparecer. Fora que se o fim for na pegada Lost, eu jogo The Event pro ar... Pro ar... Entendeu? Pro ar! HUAHUAHUA

PS: Todos os atores da série são da categoria "whatever".






                                                 Lee
Então. A coisa funciona assim...


                  Prometo solenemente discorrer nesse meio eletrônico sobre os seguintes assuntos:

1. Chaves - uma visão social.
2. The Event - novo lost feelings.
3. O cordeiro - Análise pós-moderna do Cristo.
4. CD's novos puta interessantes.
5. Remakes losers da temporada.

Para todas as outras, existe Master-Card.


                             Lee