28 outubro 2010

Um amor bobão, daqueles que só eu não quero.

Então... Sabe quando você vê alguma coisa numa série ou num livro, uma cena que faz você querer matar o roteirista/escritor e aí pensa: Ah tá... Então assim, sim.
Numa vibe mais baiana ainda você olha e diz: Nem fudendo.
Pois é... Escrevi isso só pra alguém poder ler e dizer "nem fudendo".
Não espero que mude suas crenças sobre o amor...

Cores Mortas.:

            As coisas mudam... Ninguém nunca diz tudo que quer até que essas coisas mudem. As pessoas mudam... Não no mesmo ritmo divino com o qual o mundo muda, mas elas mudam.
            E só precisa de um. E que esse um traga outro um. E no fim você terá um milhão. Um milhão de pessoas que acreditam umas nas outras. Coisa difícil de entender já que às vezes nem eu acredito em mim mesmo.
            Mas as coisas mudam... E como eu queria poder dizer tudo. Dizer cada poesia que passa em minha cabeça quando a vejo. Gritar cada lágrima que prendo em meus olhos quando a deixo. Cada cor que derramo em minhas mãos quando a toco.
            Seria estranho, pois, falar de toda essa pureza. Porque é difícil ser poeta num mundo onde tudo já foi dito. Onde já pensaram por mim e já contaram todas as histórias de amor. É difícil não ser clichê quando eu sei todas as palavras da Língua e elas se prendem em minha boca. Quando sei que quanto mais eu sei essas palavras, menos entendo como expressar o que sinto. Quando já me ensinaram que “eu te amo” diz tudo. Eu não quero simplicidade. Eu mesmo quero dizer tudo. Palavra por palavra. Sem pontos finais, apenas vírgulas.
            Mas as coisas mudam.
            - Danniel, precisamos conversar... – ela disse com simplicidade aquela frase que já disse a muitas mulheres. E essa conversa era apenas uma seqüência imbecil de justificativas pobres.
            - Eu te entrego meu corpo e meus lábios para quando quiser beijá-los. Entrego-te minhas loucuras e os poucos neurônios que ainda me restam. Meus sapatos aos pedaços. O caderno no qual escrevo. Te dou até meus sorrisos e meus suspiros. Mas por favor, fique aqui. – falei baixo de todo meu coração. – Que o mundo se acabe e me reste somente você.
            Ela me olhava estranho. Como se perguntando a si mesma se tinha uma instrução sexual duvidosa. Como se não me conhecesse. E não me conhecia...         
            - Não... Eu... Eu não entendi muito do que disse, mas não acredito que nosso amor seja real... Não acredito mais em nós.
            - Acreditai, meu anjo, em nós. – amarrei dois lados de minha camisa de botão e mostrei-a. – Eles existem...
            - Não acredito em nós dois... No nosso casamento. – sacudindo a cabeça furtivamente.
            - Se eu não acreditasse na loucura que vibra na garganta de um homem? Se não acreditasse que no topo de uma montanha existe a beleza e o medo? Se não acreditasse na balança? Na razão do equilíbrio... Se não acreditasse que acredita em mim? Se acreditasse no desejo? Se não acreditasse na dor? Se não acreditasse no que creio...?
            - Danniel, pare. Quero que me fale coisas sérias... Frases simples e diretas.
            - Por quê? – retruquei.
            - Porque quero saber o que você sente. O que você acha disso.
            - Eis o que acho. Tudo que já lhe disse é o que tenho a lhe dizer e mais... – conclui.
            Ela começou a chorar como se eu a tivesse ignorado ou destratado.
            - Não chores. Há amores que se tornam resistentes até aos danos. Como um vinho que melhora com o tempo. E quando alguém se vai, é quem fica que sofre mais.
            Nunca notamos o que temos até perdemos. – passei a mão de leve em seus cabelos.
            Ela pegou minha mão e esperei que ela a apertasse. Ao invés disso ela pousou minha mão em meu colo e se levantou. Saiu andando, cabelos no vento primaveril. Não sei se o cheiro que bateu em minha face era o cheiro das flores ou o cheiro doce de seus poros abertos.
            - Nós também nunca notamos o que faltava até que apareça.
            Assim ela se foi...
            O resto foi silêncio.

                                                                Lee

4 comentários:

  1. Fiquei sem palavras quando li e simplesmente A-DO-REI!!
    A cada dia que passa eu me surpreendo com esse blog,parabéns! =D

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  2. E pallavras naum mee bastam para descrever o q axoo deste textoo

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  3. Ralmente ehh difiicil escrever qndo ja escreveram td maiis vcs são a proova de que ainda existem coisas a serem ditas e diitas da forma mais cômiica possivel, soo me resta fazer uma observaçõ:POOR FAVOOR NAUM PAREM!

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  4. Fico extremamente satisfeita com a aceitação.

    :D :D

    Não temos a intenção de parar. Qualquer coisa eu chuto a bunda da Dindi e faço só...
    Mentira.

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