Foi bem naquela época em que você passa por dias de ansiedade na espera da volta das séries preferidas, eu descobri Big Love. Cansada de não fazer nada, fui em busca de novas historias, novos personagens e me deparei com a talvez inovadora historia de Big Love, que narra a vida de Bill, um polígamo que vive com suas três esposas.
Big Love é, antes de mais nada, um drama familiar que retrata o dia a dia de uma família bem fora dos padrões, e de como essa família lida com os seus conflitos no dia a dia. Eu não sei bem qual foi a ideia inicial dos criadores da série, mas ao longo dessas cinco temporadas eu senti falta do roteiro explorar mais a questão da poligamia, afinal, eis um assunto tão polêmico que acarreta diversas discussões. Mas, apesar desse pequeno detalhe, o meu amor pela série é simplesmente imenso.
Big Love, foi uma das primeiras séries que eu comecei a acompanhar pelo calendário norte americano de séries, e para mim aquelas esperas de cada semana que eu passei nesses últimos cinco anos, valeram mais do que apena. Poder acompanhar tantos altos e baixos na vida desses personagens, poder sentir como é difícil ser diferente e ser aceito em uma sociedade que aboli por quase completo sua crença, sua vida, é muito intenso. Não tem um fã que não tenha se emocionado ao longo das temporadas, não tem como não acabar gostando do personagem principal, ou seria personagens principais. Porque Bill mesmo sendo o chefe de família, acabou não sendo muito ao lado de suas esposas.
Barb, Nick e Margene. As três fantásticas esposas de Bill. Posso abrir a boca e falar que sem sombra de dúvidas, elas são a alma da série. Sempre tive certeza que se uma delas ficasse de fora eu pararia de assistir, sem pensar duas vezes. Não consigo imaginar elas separadas, cada uma tem uma personalidade tão diferente , que de uma forma ou de outra acabam se completando e se tornando tão mais importante que Bill.
Não posso dizer que o final da série foi o ideal, o que eu estava esperando, nunca é. Alguns assuntos ficaram por incompleto e acabaram por dar foco forte no assunto poligamia só no ultimo episodio. Resumindo o que acontece, o marido Bill acaba assassinado em frente a sua casa, por um vizinho que é visivelmente abalado emocionalmente e não aceita a vida das três esposas - irmãs e Bill. Bill morre como herói, quase que como um santo, depois de lutar duramente para que a sociedade pode-se aceitar a sua família e a sua comunidade.
Foi justamente nesse ultimo episodio, que aconteceu a cena que mais me marcou, a cena final em que Barb, Nick e Margene se abraçam. Depois de tudo o que aconteceu, as brigas, os ciumes, a criação dos filhos, as obrigações como esposas, da luta por manter a família unida e o pior, a morte de Bill, foi muito intenso ver como as três permaneceram unidas. Todos já sabiam, que cada uma só poderia seguir seus próprios caminhos sem Bill, e foi o que aconteceu, cada uma fez as escolhas que julgaram corretas e seguiram vivendo.
E assim, terminando com o espirito de Bill observando suas amadas esposas, que a série deixa a dúvida naquele abraço das três, será que Margene realmente foi embora, ou ela não conseguiu partir sem suas irmãs? O que aconteceu ninguém vai poder saber, a única certeza foi de trabalho cumprido, e de que como é bom assistir uma serie dessa qualidade e poder se lembrar de cada personagem com muito carinho.
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